Eu quero o umbu aqui!
Na edição de hoje do caderno Paladar, do Estado de S. Paulo, a matéria de capa fala sobre estudos do governo que podem alterar o tipo de rolha que sela os vinhos brasileiros. Mas o que se destacou mais para mim foi a matéria escrita por Neide Rigo, sobre o umbu. A repórter visitou um festival dedicado à fruta que acontece na pequeníssima cidade de Uauá, na caatinga baiana, e traz um bom apanhado de informações.
Ela conta que, antes, só se comia umbu na safra, de janeiro a abril. Mas, desde que foi criada uma cooperativa de mulheres que começou a proteger a fruta, passaram a plantar mudas o ano todo. Hoje, os umbuzeiros crescem apesar da seca no local, que já atinge quatro anos. E, colhido pelas mulheres da cooperativa, se torna geleia, doce, compota e até vinagre – que, segundo a repórter, é surpreendente, “quase um aceto balsâmico do sertão”.
Mas há um “mas”. Eu sempre leio sobre esses produtos novos, ou muito antigos, como as celebradas goiabadas de Minas (objeto de disputas gastronômicas entre jornalistas do Paladar). MAS o fato é que, na prática, encontrar esses produtos é sempre um “parto”, pois a produção é em pequena escala e longe dos grandes centros. Então, já vou adiantar uma ideia que está tomando forma: vamos organizar uma Feira Gourmet com esses pequenos produtores, que será permanente, todo domingo aqui em São Paulo, na charmosíssima Villa San Pietro, onde fica a nossa Livraria Gourmet. Aí, sim, vai ser uma maravilha ler sobre o umbu e poder ir lá experimentar. O que acham?
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